sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

And this is it..

 
É verdade, e assim cai por terra....
Lance Armstrong admitiu numa entrevista dada a Oprah que dopar-se passou a ser tão natural como  “pôr ar nos pneus da bicicleta ou colocar água nos bidões. Fazia parte do trabalho”. Sem avançar com datas concretas ou entrar em pormenores sobre quem o ajudou a construir o esquema de dopagem, o norte-americano reconheceu que nunca teve medo de ser apanhado e admitiu que tudo começou a desmoronar-se quando decidiu regressar à modalidade para correr o Tour de 2009.
 
Armstrong negou que alguma vez tenha obrigado algum colega de equipa a dopar-se sob pena de ser despedido e justificou a opção de se dopar com uma frase apenas: “Queria vencer a qualquer preço.”
Ao longo da entrevista, Armstrong fez questão de não acusar ninguém. Em alguns casos até deixou passar uma mensagem contrária. Em relação a Michele Ferrari, o médico considerado como a peça-chave do esquema de dopagem, o ciclista considerou-o “um homem bom e inteligente”.

Armstrong admitiu ter adulterado um teste em que acusou positivo a cortisona no Tour de 1999, mas negou que a doação que efectuou à União Ciclista Internacional (UCI) tivesse servido para limpar um suposto teste antidoping positivo na Volta à Suíça de 2001 ou que tivesse subornado a justiça da Califórnia, que acabou por arquivar em Fevereiro do ano passado o processo criminal que corria contra ele.
O texano mostrou-se disponível a prestar declarações se for criada uma comissão para limpar o ciclismo de qualquer suspeita de doping. Mas continua a negar algumas acusações, como a da esposa do seu antigo colega Frankie Andreu que garantiu tê-lo ouvido confessar aos médicos durante a sua convalescença a um tumor num testículo que tinha consumido substância proibidas para melhorar o seu rendimento desportivo antes de 1996. É que, admiti-lo, significaria deitar por terra um dos pilares da sua argumentação – a de que foi o cancro que esteve na origem do seu recurso ao doping. “Antes da minha doença eu era muito competitivo. Quando tive que lutar contra ela, disse a mim mesmo que iria ganhar a qualquer preço. Seria capaz de qualquer coisa para sobreviver. E depois, no ciclismo, tornei-me numa pessoa que queria vencer de qualquer maneira”, reconheceu.

Sobre o seu futuro, Armstrong disse pouco, mas admitiu que a admissão da mentira terá, pelo menos, uma consequência inevitável: “Passarei o resto da minha vida a recuperar a confiança das pessoas.”


Fonte: Jornal Público

5 comentários:

  1. não consigo perceber porque razao admitiu tudo agora

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  2. Há coisas que se calhar nem nos passam pela cabeça, o que deve andar por aí!!!
    bjs

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  3. Há coisas que realmente não fazem sentido nenhum, e este caminho que ele escolheu, é uma delas. Viver uma mentira é mesmo muito triste.

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  4. Há pessoas que fazem tudo para vencer...não consigo compreender alguém que faça mal tantas!

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